sábado, fevereiro 11, 2006

Haja coragem (III)


Haja coragem (II)

sexta-feira, fevereiro 10, 2006

Haja coragem (I)



As agradáveis surpresas a que José Pacheco Pereira nos tem habituado não param de crescer em relação aos cartoons maometanos e à questiuncla civilizacional que levantam.
Pacheco Pereira escreve na revista Sábado o que tantos e tantos pensam e não podem expressar nesta ditadura mediática pós II Guerra Mundial. Haja coragem!

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

O que a imprensa teima em não publicar

Foi assassinado nessa noite de quarta-feira em Angola, na Missão do Bailundo (diocese de Huambo), o sacerdote missionário português José Afonso Moreira, de 80 anos, pertencente à Congregação do Espírito Santo (espiritanos). O sacerdote, que era natural da diocese de Vila Real (Portugal), estava em Angola há aproximadamente 40 anos. A Missão do Bailundo é uma missão emblemática, pois ali o antigo líder da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), Jonas Savimbi, montara seu quartel general. A UNITA, liderada durante mais de 30 anos por Savimbi, foi inicialmente um partido armado que lutou contra o colonialismo português em Angola. Depois da independência do país, em 1975, passou a fazer oposição armada ao MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), que assumiu o governo. Após a morte de Savimbi, em 2002, a UNITA tornou-se num partido civil e abandonou a luta armada. Segundo padre Tony Neves, espiritano, referiu a Agência Ecclesia, o padre Afonso Moreira era um «símbolo daquela terra, porque ficou sempre ali», apesar das dificuldades. A polícia ainda não sabe o motivo do crime, mas as investigações já iniciaram. Segundo informações ainda não confirmadas, o sacerdote teria sido morto por arma de fogo. Padre Afonso Moreira havia celebrado as bodas de ouro sacerdotais em Portugal em 2001, ocasião em que a Câmara de Municipal de Vila Real condecorou-o. Apesar dos 80 anos de idade, padre Tony Neves afirma que ele «tinha muita dinâmica e olhava sempre para a frente». O missionário assassinado era primo do atual bispo de Bragança-Miranda, Dom António Montes. Na próxima quarta-feira será celebrada a missa do sétimo dia na Igreja Paroquial de Fortunhos, Vila Real.
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Um grupo de jovens agrediu fisicamente e ameaçou de morte esta quinta-feira o sacerdote franciscano Martin Kmetec, na localidade turca de Izmir, enquanto se encontrava na paróquia de Santa Elena. «Alguns rapazes tomaram pelo pescoço o sacerdote e gritaram: “mataremos todos”», revelou à agência «AsiaNews» o bispo Luigi Padovese, vigário apostólico de Anatolia, a mesma diocese na qual trabalhava padre Antonio Santoro, assassinado em 5 de fevereiro. Segundo explica o prelado à agência do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras, a agressão é «fruto evidente de fanatismo». Aconteceu na paróquia que os Frades Conventuais dirigem. O religioso agredido, de nacionalidade eslovena, segundo o bispo, apresentou uma denúncia à polícia, «que não prestou muita atenção à notícia da agressão».
by ZENIT

terça-feira, fevereiro 07, 2006

Conspirações da Grande Conspiração, ou vice-versa

Tenho ouvido e lido tanta coisa sobre o mais recente "conflito civilizacional" que confesso perder-me no assunto com aguma facilidade, estrapulando até uma certa dúvida inerente a quem pensa e pensa tanto que por vezes já não consegue pensar, ou pensa que não consegue... Mas há duas hipoteses conspirativas, ou qualquer que seja o adjectivo adequado para o que penso, que não deixo de colocar em cima da mesa quando toco no assunto: a dos judeus e a dos muçulmanos.
Menos rebuscada que a segunda, a tese da conspiração judaica ganha forma ao sabermos que a propriedade do jornal dinamarques que publica as caricaturas de Maomé é, de facto, do povo da Antiga Aliança. E portanto, não será pueril perguntar porque raio a linha editorial do pasquim manda imprimir aqueles "bonecos", como também não será inocente considerarmos que o fizeram propositadamente. Porquê? Simples: porque o Hamas venceu recentemente eleições. Ou seja, provocando uma reacção violenta por parte do islamismo fundamentalista, fundamentariam futuras acções hostis de Israel sobre a Palestina, tudo sob um veu de insuspeição e de opinião pública generalizada de que o choque civilizacional é entre cristãos e maometanos.
A segunda teoria requer mais imaginação, mas como nem tudo o que parece é, e como vivemos na recentemente tão apregoada "liberdade", porque não formula-la? Nasce da infeliz certeza de que as Luzes destruiram em boa parte aquilo que somos e, assim, a força necessária de combater o bom combate da nossa defesa cultural/religiosa. A luta por Jerusalem, aquela das Cruzadas, já vai longe e tarda em renascer. Por isso, aqueles que garantem a sua independencia cultural, são hoje os que lutam afincadamente por defende-la. E se isto ajuda à primeira tese, à segunda ajuda muito mais. Ela é a da publicação dos cartoons levada a cabo pelas próprias facções islamicas fundamentalistas para fundamentar, agora sim, a sua acção futura e também hostil contra Israel. Agarra-se num qualquer jornal judeu, inflitra-se a influência muçulmana e acusam-se depois os outros. Mirambulante? Talvez. Mas porque não verdade?

ps: recorde-se que a "guerra" levada a cabo pelos EUA é a da maçonaria protestante, da qual Bush é o exemplo perfeito.
ps2: quem também pulula nos states são os judeus... os judeus maçons.
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notas postumas:
2. Foi assassinado mais um sacerdote no Burundi
Carta-Resposta do Dr. Augusto Ferreira do Amaral ao semanário «O Independente»

Ex.ma Senhora Drª Inês Serra Lopes Ilustre Directora de O INDEPENDENTE
Lisboa, 29 de Janeiro de 2006
Excelentíssima Senhora Directora,
O número 924, de 27 de Janeiro de 2006 do afamado semanário que V. Exª dirige, inclui na página 43 a carta duma leitora identificada como "Isabel Silva", intitulada "Duarte Pio: Sua Alteza Real ilegítima", eivada de erros, que pela presente corrijo, em breve síntese. Como o Independente preza a verdade na informação, peço que esta minha carta seja publicada, a fim de que os vossos leitores, e entre eles a referida, não continuem a laborar nos mesmos erros.1 – O Rei D. Miguel não foi filho bastardo.A leitora invoca uma afirmação de Raul Brandão no livro El-Rei Junot como único fundamento para a afirmação caluniosa de que D. Miguel seria fruto de adultério da Rainha D. Carlota Joaquina e, portanto, não seria filho do Rei D. João VI. Simplesmente, como se lê na nota introdutória à edição de 1982 do dito livro, este, «mais que uma obra histórica, é uma obra literária». As referências a D. João VI são «pontos negativos para a definição da imagem do verdadeiro historiador»; e o comentador duvida de que Raul Brandão tenha «alguma vez pretendido sê-lo». Ora nunca foi consistentemente posto em causa que D. Miguel fosse filho de D. João VI. Nem mesmo seu irmão D. Pedro IV, comandando a guerra civil contra ele, invocou tal fundamento para sustentar que D. Miguel era usurpador do trono. De resto D. Miguel, ainda mesmo que não tivesse sido filho fisiológico de D. João VI, foi sempre, para a ordem jurídica portuguesa, filho legítimo, e não bastardo perfilhado.2 – D. Duarte Pio é legítimo representante dos reis de Portugal.Trata-se de um juízo consensual, em Portugal e no estrangeiro.E decorre, sem qualquer margem para dúvidas, do capítulo IV, título V, da Carta Constitucional, que regia a sucessão do trono no termo da vigência da Monarquia.Aí não existia, como em nenhuma outra norma portuguesa formalmente constitucional, qualquer preceito excluindo da sucessão no trono de Portugal D. Miguel, ou a sua descendência.Com a morte de El-Rei D. Manuel II, em 1932, deixou de haver vivos descendentes legítimos portugueses de D. Maria II e de D. Pedro IV.Assim, conforme o art. 88º da Carta, a sucessão na qualidade de Chefe da Casa Real passou à linha colateral. E na sucessão por linha colateral aplicavam-se os seguintes princípios:- não podia suceder estrangeiro algum, e- a sucessão haveria de ser deferida «pela ordem regular da primogenitura e representação, preferindo sempre a linha anterior às posteriores.»Em 1932 a linha anterior era a da descendentes legítimos de D. Miguel I, visto que este foi, além de D. Pedro IV, o único filho varão de D. João VI com descendência.Ora na descendência de D. Miguel I, o português primogénito varão, por linha anterior, era D. Duarte Nuno, filho do 2º casamento de D. Miguel (chamado D. Miguel II), que era filho primogénito varão de D. Miguel I.Assim, coube a D. Duarte Nuno a chefia da Casa Real Portuguesa depois de 1932 - como foi, de resto, geral e pacificamente reconhecido - até morrer, em 1976.D. Duarte Pio é português e filho primogénito de D. Duarte Nuno. Como tal, sucedeu-lhe nessa chefia a partir de 1976.No entanto, mesmo que se entendesse – ao arrepio do direito constitucional vigente em 4 de Outubro de 1910 – que a linha da descendência de D. Miguel I não poderia suceder na referida chefia, mesmo assim, D. Duarte sempre teria a chefia da mesma casa, por ser o de melhor direito entre os descendentes portugueses de D. Pedro IV - por sua Mãe, D. Maria Francisca de Orléans e Bragança, filha do Chefe da Casa Imperial do Brasil, e por isso legítima trineta de D. Pedro IV, falecida em 1968.3 – D. Duarte não aufere rendimentos da Fundação da Casa de Bragança.A Casa de Bragança possuía um acervo grande de bens vinculados, que assim permaneceram, excluídos das regras gerais da sucessão, depois da abolição do morgadio e mesmo durante a 1ª República, que os respeitou. Quando D. Manuel II morreu, Salazar prepotentemente subtraiu esses bens ao seu normal e correcto destino e transmitiu-os para uma fundação, que instituiu por Decreto – a Fundação da Casa de Bragança – gerida por pessoas nomeadas pelos Governos e cujos rendimentos deixaram de ser fruídos, como deviam, pelo Chefe daquela Casa ou pela Família a quem, como bens privados, pertenciam.D. Duarte não vive pois à conta de rendimentos daquela fundação, como seria seu direito se o ditador os não tivesse confiscado em 1933 por essa insólita arbitrariedade.D. Duarte também não aufere de qualquer fonte pública os seus rendimentos.Nada recebe do erário público. Ao invés: tem aplicado boa parte do seu rendimento pessoal em serviço do País, em causas de grande relevância nacional, como foi, exemplarmente, toda a persistente e intensa actividade que ao longo de anos desenvolveu, quase sozinho, pela causa da liberdade de Timor.Compreendo que se seja adversário do pretendente ao trono. Não aceito é que calunie D. Duarte, imputando-se-lhe vantagens que ele não aufere nem nunca auferiu e negando-se-lhe o justo reconhecimento do muito que, pelo contrário, em termos nacionais, o País é credor de D. Duarte.
Antecipadamente grato, aproveito o ensejo para apresentar a V. Exª os meus melhores cumprimentos.
a) Augusto Ferreira do Amaral
Presidente da Mesa do Congresso da Causa Real

Quem não vai à guerra, só leva!

"Extremistas islâmicos assassinaram essa sexta-feira a sangue frio seis cristãos do pequeno povoado de Patikul, na ilha de Joló. Segundo informa a agência AsiaNews, órgão informativo do Instituto Pontifício das Missões Estrangeiras, os agressores, supostos membros do grupo terrorista Abu Sayyaf, próximo a Al Qaeda, bateram às portas das casas da aldeia perguntando se eram muçulmanos ou cristãos. Segundo esta fonte, após ter obtido esta informação, os agressores retornaram posteriormente para disparar contra os que se haviam declarado cristãos. O porta-voz das Forças Armadas Filipinas, o general Alexander Aleo, confirmou a informação, revelando que entre os falecidos há uma menina de nove meses. O militar explicou também que no ataque ficaram feridas gravemente outras cinco pessoas, entre as que se encontra um menino de três anos. Abu Sayyaf é o grupo guerrilheiro mais temido de todos que operam no sul das Filipinas. Desde sua criação em 1991, a história de Abu Sayyaf foi escrita com o sangue de suas vítimas, entre elas turistas e religiosos".
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"O bispo de Anatolia vê uma relação entre o assassinato do sacerdote italiano, padre Andrea Santoro, de 60 anos, missionário na Turquia, e os protestos de fundamentalistas islâmicos contra a publicação de charges de Maomé em jornais ocidentais. Em uma entrevista concedida a «AsiaNews», Dom Luigi Padovese considera que «não lhe parece casual» esta relação. «Esta manhã --explicou na segunda-feira-- estive no necrotério. O padre Andrea foi assassinado com dois tiros: após o primeiro disparo, conseguiu dizer a um jovem que estava na igreja para que se escondesse; o segundo disparo o matou». Pelas informações que recolheu esta segunda-feira, o bispo considera em suas declarações à agência do Pontifício Instituto para as Missões Estrangeiras que o assassino parece «que não era um jovem». «Tanto o jovem que estava na igreja como a voluntária de Roma que oferecia ajuda na paróquia falam de um adulto. O padre Andrea estava ajoelhado, quem disparou nele não teve necessidade de entrar: deteve-se na porta, a uns quatro ou cinco metros de distância. Apontou e disparou», afirma o bispo. O bispo exclui a hipótese de que o padre Andrea tenha sido assassinado por seu trabalho de resgate de jovens da prostituição, pois não crê que «sua ação alcançasse uma fase tão avançada como para provocar um assassinato». «Talvez ameaças», considera, mas não um assassinato. Vê mais possível uma relação com os protestos islâmicos destes dias. «O fato de que o assassinato tenha acontecido agora não me parece casualidade --confessa--; de outro modo poderia acontecer em qualquer momento. Também, aqui o ambiente está quente, ainda que não diria extraordinariamente quente. E aqui há muçulmanos fanáticos»".
by ZENIT

segunda-feira, fevereiro 06, 2006

"O sonho do Quinto Império"

"A filosofia portuguesa não existe sem a poesia. É uma espécie de herança que não admite renúncia nem utilitarismo. As riquezas de tal herança são frugais. Ou melhor, são faustas e imensas, mas no plano da libertação interior. No plano espiritual e metafísico. Talvez no plano místico. Ao nível do profano são mesmo frugais, tais riquezas. Os impérios da filosofia portuguesa não abarcam sujeições. Talvez por isso o efectivo poder político-económico português tenha sido assumido de forma tão efémera e apenas num passado longínquo. Ou seja, que tarda em repetir-se.
Perdoem-me a heresia, mas acho que D. Sebastião teria subsidiado Luís de Camões de forma bem mais generosa se acaso tivesse sido ele um general de sucesso. Digo ele, Luís de Camões. Pois que D. Sebastião foi o nosso bem conhecido general do insucesso. D. Sebastião teria feito bem melhor a Portugal se se tivesse tornado poeta. Quis ser rei e seguidor de sinais. Ou melhor, era esse o destino que lhe estava traçado. Eis a sua única desculpa. Sonhou os sonhos errados e foi esse o seu legado. Por outro lado, diga-se, ser poeta ao lado de Luís Vaz de Camões deveria ser hercúlea obra mesmo para um D. Sebastião...
Os poetas fizeram do maior desastre estratégico da nação portuguesa (e não nos esqueçamos que o facto de termos estado sob a sujeição de uma potência estrangeira pela única vez desde sempre, é prova mais do que eloquente de tal estratégico desastre) a catarse da nação. Reescreveram o destino que D. Sebastião não soube ler. Nem podia ler. O destino só pode ser lido por profetas ou poetas. Sendo que estes são os profetas iluminados. Camões morre com a sujeição da Pátria. Não pode haver melhor metáfora. Nem a mísera tença real de D. Sebastião o matara. Matou-o a humilhação de Portugal a que conduziu o equívoco sonho de D. Sebastião
A partir de D. Sebastião passámos a encontrar-nos na saudade, na quimera, na luz espiritualmente revelada. Não mais glórias de expansão ou de domínio terreno. Todos perceberam que o destino de Portugal, a partir de tal desastre, só poderia ser espiritual. SÓ? Perguntamos. SÓ? Pois é na resposta a esta questão que se colocam as grandes questões da filosofia portuguesa. Porque digo eu filosofia portuguesa? Bem, porque corre nas nossas veias o sangue da saudade, da missão ungida e da revelação. O Padre António Vieira bem que pressentiu tal desiderato. O Padre António Vieira é um dos nossos maiores poetas. A sua obra é, toda ela, tocada pelo sublime da poesia. Ler O Império do Futuro é ler um livro que é um poema. Um poema filosófico mas cuja densidade cardíaca, ou melhor dito, cuja densidade de coração, ilumina todo um devir.
Claro que não é por acaso que o grande Tomás Morus, ao escrever o livro Utopia, coloca como narrador da visão da ilha da Utopia, cuja capital é Amaurota, um marinheiro português: Rafael Hytlodeu. Isto significa que os portugueses eram entendidos pelo escol da inteligência de então como aqueles que poderiam dar novas ao mundo. Até as novas do sublime, do milagre feito realidade, da revelação tornada quatro dimensões: as três do corpo e a quarta da alma.
Quero eu dizer com isto que o Padre António Vieira, ao formular a sinopse da História do Futuro, Esperanças de Portugal, e Quinto Império do Mundo estava a fazer o poema que lhe era possível. Luís Camões concebeu a Ilha dos Amores. Sonhou-a. Tornou-a realidade pela mão da mais delirante imaginação (Se bem que, deva ser dito que naqueles tempos de descobrimentos de novos mundos muita coisa inverosímil foi realidade. Ao ponto de eu perguntar se Camões não pernoitou, ao menos uma noite, na Ilha dos Amores). Mas quanto ao Padre António Vieira ele pensou a utopia como plena realização. Não apenas quimera sonhada. Ele profetizou-a. Aí terá sido mais poeta do que Luís de Camões. Arriscou tudo.
(...)
O Padre António Vieira fundou a ideia de Quinto Império. Não me importam, agora, os quatro impérios anteriores ao Quinto. Importa-me essa sensação sublime que é sentir-me parte vivente de um sonho maior do que uma Nação. E porque digo isto? Porque só as Nações grandes de coração e alma podem sonhar os sonhos que lhe são maiores.
O Padre António Vieira respeitava os povos autóctones das Terras de Vera Cruz como respeitava aquele povo de onde ele provinha. Tal atitude poderia levar a um Quinto Império na terra. De facto poderia...
Hoje, a noção de Quinto Império é outra sendo a mesma. Tem outros contornos. Mas o lume da gestação continua a ser o mesmo: o lume que acende e aquece a transcendência através da fé suprema da poesia. Grandes pensadores falaram do Quinto Império. Mas foi o poeta revelador, o Supra-Camões, aquele que falou de forma mais significativa. Fernando Pessoa sabia que no conceito de Quinto Império se subsumia o destino português. O esoterismo em Pessoa é uma assumpção de liberdade e de missão. Cada um só é livre se, e quando, se encontra no caminho da sua missão. E nenhum português pode abjurar a sua história. No plano dos factos, claro. Mas sobretudo no plano super-estrutural que ilumina esses factos.
Em boa verdade, devo dizer que acredito no Culto do Espírito Santo: o primeiro profetismo e aquele que vem do povo genuíno da fala portuguesa. Acredito na Sétima Idade, de Fernão Lopes. Acredito na Ilha dos Amores que Luís de Camões permite que visionemos através da sua iluminada poesia. Acredito no Quinto Império do Padre António Vieira, bem como no Quinto Império de Fernando Pessoa.
O grande Agostinho da Silva, numa notável entrevista publicada postumamente (conduzida por Antónia de Sousa) tem um lapso que não é lapso pelo simples facto de que não acontece por acaso: ao falar de Fernando Vieira. Junta Fernando Pessoa e António Vieira. Na verdade, eu acho que o dossier Quinto Império tem os seus máximos expoentes nestes dois autores. Nestes dois profetas e poetas: António Vieira e Fernando Pessoa.
Assim se entende que o conceito de Quinto Império evolui, sendo o mesmo. António Vieira procura-o na História do Futuro. Fernando Pessoa encontra-o na História do Passado. E é a esta transversalidade que irá juntar-se Luís de Camões. Luís de Camões entra neste triângulo com a voz da intemporalidade que une os discursos de Fernando Pessoa e António Vieira.
Quando comecei as minhas palavras falei de D. Sebastião. Talvez de uma forma que tenha surpreendido aqueles que costumam passear nos frondosos jardins sebastiânicos. D. Sebastião não é, de todo, o meu ídolo (digamos desta forma meio brincalhona). Mas D. Sebastião tem um papel inestimável: foi a partir dele que os portugueses passaram a procurar-se dentro de si próprios. Cada um tem um D. Sebastião dentro de si. E quando cada um regressa a si mesmo é D. Sebastião que retorna por entre as brumas da alma de cada um. O caminho do Quinto Império talvez possa dissipar a bruma. O D. Sebastião que falta a cada um de nós se calhar não está longe. Talvez a bruma seja o muro que nos separa da plenitude espiritual: aquela que nos realizará o sonho do Quinto Império".

MÁRIOMÁXIMO in http://www.triplov.com/espirito/quinto_imperio.html

domingo, fevereiro 05, 2006

A razão de Ribeiro e Castro...

"O que me surpreende, e muito, é que os católicos e os cristãos em geral não reajam fortemente quando jornais, filmes, comédias teatrais e cantigas, metem a ridículo, a maior parte das vezes tocando o insulto boçal, Deus, Nossa Senhora, o Espírito Santo, os símbolos sagrados de um bilião de crentes. Andamos todos a precisar de uma grande vergastada que nos tire da moleza e da cegueira".

in Lusitana Antiga Liberdade


De facto, estes "insultos" são levados a cabo na nossa civilização. Mas que o mundo islamico queira impor o seu modus vivendi ao ocidente cristão é de todo inaceitável!
Como inaceitavel é também não condenar o apoio incondicional de uma certa esquerda a esse mundo que leva agora a cabo a pilhagem, a destruição e a invasão. Quando o celebre cartoon do Santo Padre com um contaceptivo no nariz foi publicado, esta esquerda que apoia o terrorismo do qual Ribeiro e Castro falou há tempos, protestou a existência de um abaixo-assinado em Portugal, o que não é de todo comparável à presente resposta islamica nem no modo nem no lugar.