"Nem tudo o que parece"...
Lembremos alguns factos recentes da história política portuguesa:
Legislativas (Fevereiro de 2005): Cavaco Silva recusa-se a apoiar Santa Lopes! Á partida parece estranho, mas não é! O objectivo é distanciar-se da derrota previsivel de Santana Lopes, legitimando a dissolução executada por Sampaio, caindo assim nas boas graças de muitos socialistas.
Presidênciais (Janeiro de 2006): Cavaco Silva candidata-se como independente. O PSD e o CDS apoiam-no, como se a situação do ano transato não tivesse existido. O centro-direita venera o liberalismo de Cavaco! (com excepção da Juventude Popular, e muito bem!!). A transição será calma... Sampaio não se pode queixar de Cavaco e da sua posição em Fevereiro de 2005. Uma posição que levou à vitória dos socialistas com maioria absoluta. Ou seja, tudo calmo também com o governo. Já não bastava, José Socrates é conhecido como o mais social-democrata entre os socialistas portugueses, ou não tivesse ele formado a sua consciência política na JSD. Ele, Santana e Paulo Portas eram carneiristas inveterados.
Quem ganha: Cavaco; o PS (porque garantiu estabilidade e a morte do Soarismo); Portugal. Quem perde: o PSD; a partidocracia.
2 Comments:
Esta página está bonita.
Só não gosto do ataque á "partidocracia".
Que se defende como alternativa á democracia parlamentar?
Caro anónimo:
O "ataque" à partidocracia nem é tanto um "ataque" ao parlamentarismo. Aliás, não teci qualquer "ataque" desse género neste post...
Mas já que toca nesse ponto, a verdade é que se nota a discussão generalizada cerca da função dos partidos nos sistemas democráticos. E de facto, defendo que estes não só não são necessários ao regular funcionamento de uma democracia como a prejudicam gravemente, monopolizando ideias, pessoas, poderes!
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